Rute
“Para onde fores, irei também!” (1,16)
DOI:
https://doi.org/10.52451/teopraxis.v38i130.36Palabras clave:
Fome, Migração, Respiga, Direito de resgate, CasamentoResumen
O presente artigo aborda o livro de Rute, provavelmente memória feminina, contextualizando-o literariamente, historicamente e na liturgia judaica. Trata-se de um livro proveniente da vertente sapiencial, embora não situado entre os Sapienciais. O significado dos nomes dos personagens bem como a relação entre eles no percurso narrativo constitui-se numa leitura da realidade do povo no contexto pós-exílico do domínio persa. O autor, anônimo, quer ajudar os pobres de sua época a encontrarem uma saída diante do contexto de exploração persa, que não se encontrava na Lei de Esdras, mas no resgate de algumas leis clânico-tribais, como a da respiga e do direito de resgate, trazidas para dentro de um novo momento histórico. O livro faz ver que a solução para a situação do povo era fruto de um processo, que implicava consciência histórica, resgate dos direitos sociais e a posse da terra, efetivada com o casamento de Rute com Booz.
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